Lisboa intervem nos bairros clandestinos 30 anos depois
Com 30 anos de atraso, a autarquia de Lisboa começa a intervir a sério nos bairros clandestinos da cidade com a aprovação esta semana, por unanimidade, da proposta de elaboração do Programa de Acção Territorial (PAT) para Ameixoeira/Calçada de Carriche/Galinheiras.A Câmara de Lisboa será o primeiro município no País a elaborar um documento estratégico desta natureza, previsto no artigo 121 do decreto-lei 380/99, que estabelece que se podem diagnosticar tendências, objectivos e acções para o escalonamento de uma intervenção territorial. Por outras palavras, o PAT "é um documento estratégico que pretende obter soluções de desenvolvimento e coesão social apoiado nas forças endógenas", da área onde se pretende intervir, disse ao DN, Teresa Craveiro, uma das responsáveis de um dos serviços municipais que vão ser responsáveis pela elaboração no prazo de um ano do PAT.O PAT incide sobre 190 hectares de um tecido urbano com uma grande diversidade de problemáticas urbanísticas. Ali existem seis bairros clandestinos (AUGI) - Alto do Chapeleiro, Quinta da Torrinha, Grafanil, Galinheiras, Quinta das Mouriscas e Rua Particular à Azinhaga da Cidade , que serão objecto de planos de reconversão tendentes à selecção das condições de habitabilidade existentes. Mas, perto dali, há um núcleo histórico, o da Ameixoeira. Não muito longe, o eixo da Calçada de Carriche, anseia por requalificação. A realidade urbanística destes 190 hectares compreende ainda o Parque Urbano da Ameixoeira, muito espaço público para qualificar resultante das operações de realojamento do PER e ainda futuras implantações de equipamentos como escolas, pavilhões desportivos e culturais. Uma das soluções de coesão social previstas para esta intervenção poderá ser o impulsionamento de um "cluster" de oficinas de metalomecânica, predominantes na zona. Com o PAT da Ameixoeira a CML pretende candidatar-se ao mesmo financiamento que operações como a do Largarteiro no Porto e a Cova da Moura e o Vale da Amoreira na Moita beneficiaram.
Comentário:
Finalmente a Câmara de Lisboa interviu nos bairros clandestinos, que são na sua maioria habitações que fomentam a discriminação, pois nestes bairros moram acima de tudo imigrantes e toxicodependentes em condições, muitas das vezes, degradantes
sexta-feira, 25 de janeiro de 2008
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